terça-feira, 11 de novembro de 2008

GURUPI: 50 ANOS DE PROGRESSO



Gurupi, completa 50 anos de emancipação política nesta sexta-feira, 14. O município se encontra localizado no Sul do Estado do Tocantins, a 245 km de Palmas, capital do Estado, e a 742 km de Brasília-DF. Fica no limite divisório de águas dos rios Araguaia e Tocantins, ás margens da BR-153, no quilômetro 663 no sentido Brasília a Belém; entre os Paralelos 11 e 12.


Limites e Confrontações:
Norte: Aliança do Tocantins
Sul: Cariri do Tocantins e Sucupira
Oeste: Dueré
Leste: Peixe
População: 71.143 habitantes (2007/IBGE)

Área:
A área do município de Gurupi é de 1.836 km².

Relevo:
O relevo do município de Gurupi é plano, mais ou menos ondulado, com altitude de 400m na sede. O solo é fértil, favorecendo o cultivo e a criação de gado. Apresenta a serra de Santo Antonio, Taipoca e outras.

Vegetação:
No município de Gurupi há predominância de dois tipos de vegetação: campos e cerrados e pequenas florestas.

Clima:
O clima é tropical megatérmico. Quente e úmido durante todo o ano, com período chuvoso entre os meses de Outubro e Abril e estiagem entre os meses de Maio a Setembro. A temperatura média anual de Gurupi permanece em torno de 35°.

Flora e fauna:
Há pequenas florestas que fornecem madeiras como jatobá, peroba, ipê, aroeira, e outras. A fauna se encontra limitada, mais ainda podem ser vistos animais selvagens como veados, tatus, macacos, emas e variedade de aves e insetos.

Topômio
De acordo com o historiador Adauto Cordeiro Cavalcante, no seu livro "Gurupi", edição UFG, 1968, etimologicamente Gurupi significa ''diamante puro'', que é originário da língua Tupi do (língua bela) idioma falado por todos os índios da América Meridional e constitui-se por dois elementos básicos: "guru" (diamante) e "pi" (pé, caminho, base, origem, puro).

A instalação do Município

A emancipação do município por força da Lei Estadual número 2.140, de 14 de novembro de 1958. O município foi instalado em 1º de janeiro de 1959, em sessão solene presidida pelo Juiz de Direito Feliciano Machado Braga, um dos principais articuladores da luta separatista do então norte de Goiás.

Nas marcas do tempo
É impossível falar de Gurupi, sem associá-la à BR-153. Isso porque a história da cidade está intimamente ligada a construção da Belém-Brasília, marco do surgimento e desenvolvimento de muitas outras cidades, ao longo de sua extensão no antigo Norte goiano.

Dados históricos dão conta, que o fundador de Gurupi, Benjamim Rodrigues chegou a procurar o engenheiro da rodovia Bernardo Sayão, em Goiânia, para uma exposição de motivos de a mesma cortar as férteis terras recém-habitadas pela sua família, e outros aventureiros.

A instalação definitiva do fundador de Gurupi na região se deu em 1952, ocasião em que concluiu a picada da rodovia projetada por Bernardo Sayão, até a estrada que ligava a cidade de Peixe a Porangatu; fez todo o levantamento da planta da cidade e construiu o primeiro comércio de Gurupi. A partir daí a paisagem do agreste foi dando lugar aos barracos de taipa dos novos moradores de varias outras localidades. A notícia do primeiro caminhão ao local já denominado de Gurupi é de setembro do mesmo ano, de propriedade do senhor Buta, que veio abastecer o comércio de Benjamim Rodrigues. A vocação para o comércio começou a partir desta data, e em pouco tempo a notícia se espalhou pelas regiões mais distantes e com isso, atraiu interesses de moradores de outras localidades, como Porto Nacional, Peixe, Cristalândia, Dueré e Formoso do Araguaia.

Em 1954, com a invasão das matas mais próximas ao povoado, foram lançadas as primeiras raízes para a formação de uma base agropecuária, destinada a dar vida própria ao local. Até então os moradores compravam arroz e outros alimentos em Cristalândia. Neste mesmo ano é rezada a primeira missa, pelo Bispo Dom Alano, de Porto Nacional e iniciado o alicerce para construção da primeira igreja, mais tarde denominada de Matriz de Santo Antônio.

Em poucos anos de povoamento do local, já era visível o progresso nos ramos da agricultura, pecuária, e a abundante colheita de cereais transformou o povoado em um pequeno pólo exportador. Em 1955, por sugestão de um dos pioneiros houve a votação para escolha do padroeiro da cidade, Santo Antônio e, iniciado o movimento político no sentido de eleva-lo à categoria de distrito. No mesmo ano, o Bispo Dom Alano, auxiliado pelo engenheiro Bernardo Sayão, fundou a escola Paroquial. Foram iniciados ainda os primeiros serviços médicos, embora bastante rudimentares, providencias na época, além do primeiro consultório dentário.

Os próximos anos foram de muito progresso e, graças ao grande surto imigratório, o povoado passa à posição de distrito de Porto Nacional, que culmina com a sua emancipação política e instalação do município de Gurupi, em janeiro de 1959. Com isso expandem-se as construções, ruas, praças e avenidas, forçando cada vez mais a aceleração dos serviços de melhoramento urbano. O primeiro prefeito nomeado de Gurupi foi Melchiades Barros dos Santos, mais conhecido como "Doca Barros". Para o cargo de primeiro juiz, foi nomeado Clemente Luiz de Barros.

No ano seguinte é instalada a Câmara Municipal com a posse dos vereadores Raimundo de Sousa Camelo(Presidente), Moisés Avelino Lustosa Brito, Joaquim Gomes de Oliveira (Ozico), João Manoel dos Santos (João Paraibano), Nelson Dias Fernandes, Francisco Santana e Antônio Luiz Leitão Brito.

Ainda em 1961, foi instalado o primeiro cartório do segundo oficio e realizada a primeira eleição para escolha do primeiro Francisco Henrique Santana e Luiz Brito Aguiar para vice. A partir daí, com o advento de firmas de maior porte, Gurupi desponta como uma das cidades mais progressistas do Norte de Goiás e assume o papel de liderança sobre as demais da região.

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