terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Centro Cultural de Gurupi está entregue aos mortos ilustres


Imagine um local onde a contemplação e alegria deveriam ser acontecimentos mais que normais, onde a população pudesse comparecer e desenvolver arte e pensamento crítico, este lugar é um centro cultural.

Em Gurupi, (TO), até existe o espaço, é o Centro Cultural Mauro Cunha, como é conhecido, mas seu maior destaque acontece mesmo, quando alguma figura proeminente da cidade “parte para o andar de cima”, ou, “viaja fora do combinado” como dizem outros. Neste momento, o Centro Cultural corre à boca miúda e se torna a pauta dos debates do município.

Há aqueles que são a favor de se transformar o Centro em capela mortuária e até defendem o gesto magnânimo do prefeito para com a família do morto, geralmente figura ilustre, que “contribuiu para o progresso de Gurupi”. Mas cabe aqui uma indagação. A população mais humilde da cidade também não contribuiu para o desenvolvimento do município com sua força de trabalho espoliada? Se for para transformar o Centro Cultural em capela mortuária, que seja para todos. Divisão social até na hora morte é o cúmulo da desigualdade.

Para justificar a utilização do Centro Cultural pelas figuras “proeminentes” que jazem sem o sopro da vida, um residente da charmosa e hospitaleira Gurupi até disse em artigo opinativo que “os rituais fúnebres, os velórios, as sentinelas, são uma genuína reflexão cultural filosófica dos povos, que o homem carrega na alma, desde priscas eras”. Realmente um artigo opinativo hilário, tem vocação para a comédia o seu autor.

Mas a verdade é que, é desagradável transformar um local com vocação para alegria e contemplação em um ambiente sombrio, sem energia, para não dizer com energias negativas assentadas. Para o poeta e escritor Zacarias Martins, a população de Gurupi, ao que tudo indica, até já se acostumou com os “eventos”, pois segundo ele, o que mais acontece naquele Centro é velório. Cultura que é bom, necas.

Martins ainda reconhece o esforço de Lucirez Amaral à frente da Fundação Cultural de Gurupi, mas segundo informa, ela não tem autonomia financeira e nem política para tocar o barco, pois o prefeito de Gurupi não investe em cultura. Acreditamos em seu pronunciamento e temos convicção que realmente o prefeito João Cruz deveria ser mais sensível à questão cultural.

Segundo o escritor, alguns vereadores até já apresentaram requerimentos solicitando ao prefeito que não mais autorizasse a realização de velórios naquele local. Também solicitaram a construção de uma casa de velórios no centro de Gurupi, mais tudo ficou nas gavetas do gabinete do prefeito.

Na sexta-feira, (11), mais uma vez as atividades no Centro Cultural foram paralisadas por causa de um velório, fato que mais uma vez causou a indignação daqueles que defendem a utilização do espaço apenas para arte. O Centro Cultural, onde também funciona a Galeria de Artes Kathiê Tejeda, tem um regimento interno elaborado pela classe artística que afirma que o espaço só poderá ser utilizado para atividades culturais.

O Conexão Tocantins neste momento solidariza-se com a classe artística do município e com aqueles vereadores que já solicitaram ao prefeito a construção de um local apropriado aos velórios no centro de Gurupi. Os artistas têm dado o exemplo ao não utilizar o espaço para os velórios dos seus e o que se espera é que a população assuma também esta causa e exija do executivo municipal a construção de uma capela.

Fonte: Site Conexão Tocantins

http://conexaotocantins.com.br/noticia/centro-cultural-de-gurupi-esta-entregue-aos-mortos-ilustres/1208

sábado, 12 de janeiro de 2008




Texto: Zacaris Martins - Ilustração: Geuvar

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Rozilda estréia no mundo da literatura


A escritora Rozilda Euzébio da Costa (foto) estreiou em 2007 no mundo da literatura com o romance "Lágrimas Cristalinas" (Editora Veloso). Nas 176 páginas do livro, a autora desenvolve um enredo cheio de muita emoção, nos mostrando que o amor existe de verdade, ele supera todos os limites impostos pelo tempo e pela separação das almas que se amam.

Luigi e Dalva, personagens principais da trama, estavam destinados a se reencontrarem nesta vida e compartilhar do grande amor que sentiam um pelo outro e que nem mesmo a distância e o tempo conseguiram acabar.

"Quando duas pessoas se amam com a magnitude do espírito, dificilmente haverá empecilhos que as separem definitivamente, pois a própria eternidade para elas é o limite", destaca a autora.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

IMORTALIDADE GURUPIENSE



Os poetas Zacarias Martins e Ana Márcia Barros, recepcionando o também poeta Dourival Santago, de Paraíso do Tocantinse que ingressava no quadro de Membros Correspondentes da Academia Gurupiense de Letras, durante sesão solene realizada no Centro cultural Mauro Cunha, em 01/12/2007. Na foto também aparece a irmão de Dourival, a jornalista Dinalva Martins.


Foto: Cláudio Roberto