sábado, 27 de novembro de 2010

O famoso quem?

Estou em Gurupi desde 1983 e uma das coisas que mais me chamou a atenção logo que aqui cheguei, vindo de Brasília, é o costume que se tem de criar referências para as pessoas, como se elas não tivessem identidade própria.

O curioso é que, em geral, devido a uma cultura eminentemente machista, as mulheres são as mais atingidas, digamos assim, por tal peculiaridade. No entanto, isso, definitivamente, não exclui de todo o universo masculino.

Diante de tal constatação, resolvi, então, fazer um rápido levantamento de nomes agregados de algumas personalidades da nossa Capital da Amizade.

Em primeira análise, eis o que me veio à mente: Zulmira do Mercado, Goiaciara do João Cruz; Lucirene do Denes; Tonha do Manelão, Helena do Táxi, a mãe de dona Cesária, Marieta de Libânio (Libânio é o esposo da Marieta) e por aí vai...

No lado masculino encontrei: Chico da Véia, Paulo do Cocktail, Toim do Táxi, Toim Ceguim, João Bolo, Raimundinho da Funerária, Luizinho da represa, e outros tantos que não me lembro agora.

Como não poderia deixar de ser, até mesmo eu fui alvo dessa peculiaridade quando do meu primeiro emprego na Prefeitura. Não demorou muito para que eu ficasse conhecido pelo nome do órgão em que eu trabalhava, ou seja, Zacarias da Prefeitura. Anos mais tarde, depois de trocar de emprego, finalmente, consegui que meu sobrenome verdadeiro caísse no domínio popular. Foi a glória ser conhecido como Zacarias Martins!

Eu tinha até esquecido dessas curiosidades, até a semana passada, quando a convite do meu filho, Vinícius, que cursa licenciatura em Artes Cênicas no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins, visitei o campus de Gurupi, para assistir a um evento cultural em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra. E ao ser apresentado aos professores, sempre tinha alguém que se apressava em falar: “- Este é o pai do Vinicius!”

Será que vai começar tudo de novo?


sábado, 6 de novembro de 2010

III Feira da Poesia de Igarapé-Miri

No próximo dia 25 de novembro, com início às oito horas da manhã, o Colégio Estadual de Ensino Médio Manoel Antônio de Castro – MAC, de Igarapé-Miri (PA), promove a terceira edição da Feira da Poesia, onde os alunos vão desenvolver várias atividades a partir de textos de poetas da região amazônica.

Fiquei honrado ao saber que poesias de minha autoria serão divulgadas nesse importante evento, que contará, ainda, com vários estandes de exposições diversas, Show Cultural, além de premiação ao vencedor do concurso para a escolha do Hino do MAC.

A Feira da Poesia é uma iniciativa dos professores de Línguas e Literatura Aurora Pantoja, Cleide Nonato, José Pinto e Rejane Nonato, com o objetivo de despertar o hábito pela leitura e o gosto pela poesia em seus alunos e de toda comunidade escolar dessa simpática cidade, de pouco mais de 57 mil habitantes, distante 78 km de Belém.

O professor José Pinto destaca que a Feira da Poesia propicia situações práticas de leitura de textos literários com o propósito de oferecer um leque de opções à comunidade escolar, levando-a a interessar-se pela arte da expressão que se inspira na palavra, compreendendo o universo de conhecimentos que podem ser adquiridos a partir do contato com tal arte.

Este ano, o grande homenageado da Feira da Poesia é o poeta Salomão Larêdo.