segunda-feira, 25 de maio de 2009

Amor e liberdade focados no romance de Eliosmar Veloso


No próximo sábado, 30, o escritor Eliosmar Veloso, presidente da AGL - Academia Gurupiense de Letras, estará lançando o livro “Janela da Liberdade”. A noite de autógrafos acontece a partir das 20 horas, no Centro Cultural Mauro Cunha. A obra é o primeiro romance publicado por Veloso, que também é autor de “ O amor e a vida" –1986 (poesias); “Três vias” - 2000 (textos teatrais); “Vestígios” - 2004 (poesias) e “Caminho de Pedras” - 2004 (autobiográfico). Participou ainda da Antologia Literária Internacional Del´Secchi, em 1999 e integrou o Colégio Eleitoral do Prêmio Multicultural Estadão.

Veloso consegue mostrar o sofrimento de quem vive aprisionado por conceitos radicais, mas também indica o caminho do amor que a tudo supera e que na sua trajetória tenta passar suavemente, sem magoar ninguém. Mas se não for possível, agirá com força oriunda da alma, que a tudo vence, a tudo supera, capaz de quebrar as correntes e obstáculos propostos no caminho.

O escritor e teólogo João Gomes da Silva, que assina a apresentação da obra, lembra que a liberdade é o maior bem da vida doado pelo criador às suas criaturas, ressaltando que toda vez que esse direito é violado, viola-se juntamente a própria vida, que nunca poderá ser feliz quando privada de um bem que lhe é inerente existencialmente.

Para João Gomes, em “Janela da Liberdade” está explicitada essa tese em forma de romance, onde o autor o detalha a rigidez da vida familiar patriarcal, e mostra que nem sempre a dureza no trato familiar conduz ao equilíbrio por ferir sentimentos que são respeitados pelo próprio criador.

O autor nos transmite a mensagem de que a vitória do amor sobre o ódio, superando o medo, transforma a amargura em sorriso e deixa-nos um recado de alerta com voz que ecoa em todo universo dizendo que o amor e a liberdade devem coexistir.

SOBRE O AUTOR
Eliosmar Veloso é o nome literário de Eliosmar Ferreira Batista, nascido em Marabá, no Pará, mas reside em Gurupi desde 1982. É poeta, escritor, dramaturgo, diretor teatral e artesão. Já escreveu e dirigiu mais de 30 espetáculos teatrais, com destaque para o teatro de comédia, porém, sempre enfocando em seus textos questões sociais. Administrou o Centro Cultural Mauro Cunha, além de ter sido responsável pela Coordenadoria de Arte e Cultura da Secretaria Municipal de Educação (1997/2000), tendo se destacado n o campo da literatura por ter colocado em prática o projeto do Anuário de Poetas e Escritores de Gurupi, que teve quatro edições. Presidiu a Associação dos Artesãos de Gurupi (1993/95), e participou da fundação da Academia Gurupiense de Letras, onde ocupa a Cadeira nº 02 e foi eleito presidente por duas vezes. (Zacarias Martins)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Osmar Casagrande ministra oficinas literárias em Gurupi



Dentro da edição do Programa Mais Perto de Você que está sendo realizada em Gurupi, a FCT - Fundação Cultural do Tocantins se faz presente com um stand montado para a divulgação de fotografias, livros de autores tocantinenses e outro objetos que fazem parte do acervo artítico e cultural do Tocantins. A novidade desteano são as oficinas de Literatura (poesia e contos), que estão sendo ministradas pelo gerente de Literatura da FCT, Osmar Casagrande e que tem atraído a atenção, principalmente, de estudantes e professores.

Na quinta-feira pela manhã, Casagrande esteve no Colégio Paroquial Bernardo Sayão e falou sobre a construção poética e suas vertentes para uma platéia atenta de 100 alunos. Posteriormente, manteve contatos com integrantes da Academia Gurupiense de Letras e com artistas lolcais num intercâmbio cultural que considerou muito proveitoso. Já à noite, à convite do escritor e professor universitário Gil Correia, ministroui palestra para os acadêmicos do sexto período do curso de Jornlismo. Nesta sexta-feira, 22, à noite, Casagrande é o convidado especial do Centro de Atividades do Sesc Ler de Gurupi, onde além de participar do Dia "D" da leitura, proferirá duas palestras para os alunos da EJA - Educação de Jovens e Adultos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

...E lá vem a CPI da Petrobras


Por Zacarias Martins


Decididamente, as coisas estão ficando pretas lá pelas bandas da Petrobrás. E não é só o petróleo, não. A estatal será alvo de uma CPI no Congresso Nacional e que esperamos não ser mais uma de tantas que não levaram a nada.

Reconhecidamente, as CPIs têm contribuído para trazer à lume alguns esclarecimentos sobre assuntos importantes que, até então, a população brasileira não tinha conhecimento. Porém, nem sempre os culpados apontados são condenados e exemplarmente punidos.

Particularmente, devido a seus antecedentes, não há como deixar de vê essas CPIs como mais uma questão gastronômica (a maioria termina em pizza), do que uma iniciativa que busca realmente a moralização da coisa pública.

Historicamente, com raríssimas exceções, as CPIs têm servido a propósitos menos nobres. Um outro agravante é a existência de casos onde, de uma hora para outra, surpreendentemente, essas CPIs se transformam num verdadeiro circo midiático, que servem de palco para alimentar a vaidade obesa de certos parlamentares que parecem se lixar para a opinião pública.

Sobre a CPI da Petrobrás, os líderes do governo cochilaram no ponto e não tiveram como brecá-la. Agora, curiosamente, há embates na própria base governista para indicar o presidente e o relator.

Por outro lado, um grupo de governistas ensaia uma aproximação com a oposição visando dividir os cargos de presidência e relatoria na CPI. Há quem diga que essa estratégia visa afastar o radicalismo das discussões. Mas há também quem acredita que essa suposta união serviria mais aos propósitos do governo, contribuindo assim, para que essa CPI terminasse em pizza.

Mas uma coisa é certa: devido a importância estratégica da Petrobras para a economia brasileira é preciso serenidade e responsabilidade de ambos os lados na condução dos trabalhos. Se a radicalização não leva a nada de construtivo é preciso também ficar atento para que a omissão não seja mais uma estrela a brilhar nessa CPI.

domingo, 17 de maio de 2009

O TEU OLHAR



Zacarias Martins

O teu olhar é diferente
dos olhares que o meu já encontrou.
É um olhar muito atraente,
que de repente, me enfeitiçou.

O teu olhar tem mais vida,
mais brilho, beleza e cor.
O teu olhar, minha querida,
confesso, me conquistou.

Não, não sei explicar
o que se passa no teu olhar.
Só sei que me enche de emoção.

E quando estás me olhando
eu vou me controlando,
dizendo: agüenta coração!

CORAÇÃO INCONTROLÁVEL



Zacarias Martins

Mais uma vez estou amando.
o culpado é o meu coração
que alegre vive saltitando
em homenagem à nova emoção.

Cuidado, coração!
Já me fizeste sofredor,
me deixando na mão
amor causa de amor.

Tento te controlar,
mas nem sempre consigo.
E quando me fazes alguém amar
só me querem como amigo.

Não sei se vou suportar
viver nessa ansiedade:
com o coração, fazendo-me amar
quem não me ama de verdade.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Roda de São Gonçalo: manifestação cultural tocantinense resgatada em livro de Wolfgang Teske

Por Zacarias Martins
Fruto de um estudo de caso de processo folkcomunicacional (estudo sobre processos de comunicação através das manifestações folclóricas e suas relações com a mídia), o livro “A roda de São Gonçalo na comunidade quilombola da Lagoa da Pedra em Arraias”, do educador e jornalista Wolfgang Teske, faz um registro dessa importante manifestação cultural no município tocantinense de Arraiais, no Sul do Estado, cuja publicação pela Editora Kelps, de Goiânia, contou com o apoio da Fundação Cultural do Tocantins.

No povoado quilombola moram 34 famílias com seus 170 moradores vivendo da agricultura de subsistência, plantando arroz, milho, feijão e mandioca, sendo que, quase a totalidade das roças, são na base da roça de toco. Apesar de possuir características de uma festa, na região todos se referem a ela como a roda. Em várias ocasiões, principalmente, em festividades culturais nas cidades maiores, a Roda de São Gonçalo é dançada como demonstração, no entanto, nesses casos a apresentação se restringe a algumas partes, pois de forma completa ela somente ocorre quando feita por pagamento de alguma promessa.

O autor destaca que a. Roda de São Gonçalo teria surgido por volta de 1200 em Amarante, Portugal, e vem ao longo dos anos sofrendo transformações, mas a essência continua justamente preservada por um povo tão discriminado e que sofre toda sorte de preconceito, como foram as comunidades quilombolas espalhadas pelo Brasil.

“O que a gente percebe, na medida em se pesquisa o tema, é que cada comunidade tem particularidades e uma dessas particularidades são exatamente as manifestações culturais que eles têm e que de forma geral a sociedade não conhece. Ela está sujeita a sofrer mutações e interferências por causa da mídia. Cada vez mais com a globalização, o sinal de televisão e outros meios midiáticos atingem essa comunidade. Mas o curioso é que elas ressignificam a mensagem que recebem através da mídia e mantêm suas tradições fazendo algumas adaptações. É exatamente isso que eu estou pesquisando e usando como base a teoria da folkcomunicação”, afirma Teske.

Visto como ato de consagração religiosa do catolicismo popular, o livro também apresenta textos originais, ilustrados com 20 fotos de autoria do fotógrafo Emerson Silva, da Fundação Cultural do Tocantins, e que retratam desde a formação do cruzeiro da roda de São Gonçalo, aos arcos enfeitados, o altar, a cerimônia, a dança da roda, a sússia, os ritos finais e o canto do Bendintinho.
Para a produção do livro, o autor passou uma tmporada na comunidade, vivenciando os momentos, inclusive acordando cedo para acompanhar à lida das pessoas, para não perder nenhum detalhe da rotina de sua rotina.

SOBRE A LENDA
No Brasil, a devoção a São Gonçalo vem desde a época do descobrimento. O seu culto deu origem à dança de São Gonçalo, cuja referência mais antiga data de 1718, quando na Bahia assistiu-se a um festejo com uma dança dentro da igreja. No final, os bailarinos tomaram a imagem do santo e dançaram com ela, sucedendo-se os devotos. Essa dança foi proibida logo em seguida pelo Conde de Sabugosa, por associa-lá às festas que se costumavam fazer pelas ruas em dia de São Gonçalo, com homens brancos, mulheres, meninos e negros com violas, pandeiros e adufes dando vivas a São Gonçalo.
SOBRE O AUTOR
Wolfgang Teske é catarinense de Blumenau. Graduado em Teologia pelo Seminário Concórdia de Porto Alegre (RS) e em Jornalismo pelo Centro Universitário Luterano de Palmas, no Tocantins. É especialista em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Albert Einstein, de Brasília, e mestrando no Programa em Ciências do Ambiente, da Universidade Federal do Tocantins.
Foi missionário da Igreja Luterana de 1981 a 1992, nos estados do Rio Grande do Sul e do Pará. Em Belém, integrou a equipe que criou o Centro Integrado de Educação, Saúde, Assistência Social e Evangelização, sendo seu coordenador geral.

Como primeiro diretor, foi o responsável tanto pela construção quanto implantação do complexo educacional da Universidade Luterana do Brasil em Palmas, de 1992 a 1997. Exerceu o cargo de diretor de Relações Empresariais e Comunitárias da Escola Técnica Federal de Palmas, na sua implantação. Atualmente, é assessor especial da Prefeitura da capital do Tocantins e professor no Instituto Tocantinense de Pós-Graduação – ITOP.

SERVIÇO

Livro: A roda de São Gonçalo na comunidade quilombola da Lagoa da Pedra em Arraias
Gênero: Folclore
Editora: Kelps
Páginas: 150
Sugestão de Preço: R$ 25,00
Contato com o autor: wolf_teske@hotmail.com

sábado, 2 de maio de 2009

Desconstrução textual é tema de oficina literária em Gurupi



Em comemoração ao Dia do Trabalho, o Instituto Juarez Moreira, promoveu em sua sede em Gurupi, uma movimentada programação que incluiu atividades culturais votadas para a comunidade. Na oportunidade, o poeta e escritor Zacarias Martins, a convite da Fundação Cultural do Tocantins, ministrou uma oficina literária onde discorreu sobre a desconstrução textual para a revitalização redacional.

Martins destacou que os grandes avanços tecnológicos que surgiram a partir do advento do fenômeno da globalização, permitiram importantes conquistas no campo da oferta da produção textual, porém, também contribuíram para a proliferação indiscriminada de uma literatura cada vez mais descartável. Por isso acredita ser imprescindível uma nova conscientização do fazer literário, de forma responsável, principalmente, por aqueles que são formadores de opinião.

"Torna-se decisivo que cada gesto se erga a partir de uma compreensão dos limites do discurso e que a estratégia do trabalho textual se comece por dar de empréstimo às palavras e aos fragmentos em circulação", finalizou o escritor

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O sovaco eleitoral



Por Zacarias Martins


É impressionante a capacidade criativa de certos políticos brasileiros para ganhar visibilidade na mídia e, de quebra, ainda buscar sensibilizar o eleitor, mesmo quando não se está em ano eleitoral.

É o que se pode constatar com o impecável desempenho artístico da ministra Dilma Rousseff, diante das câmeras de TV, para anunciar, em entrevista coletiva, que havia sido operada, com sucesso, de um de câncer linfático. (Isso há mais de duas semanas!).

Apesar das explicações dos médicos que assistiram a ministra em sua enfermidade, demorou um bocado de tempo para que fosse esclarecido, em bom português, que o local exato onde se encontrava o tal câncer era na axila, ou melhor, no sovaco!

Sim, porque ministros também têm sovacos, não é mesmo? E a Dilma não seria diferente. Dizem até que no pacote de cirurgias plásticas que a ministra fez estava incluído aí, o tal do sovaco, que, por sua vez, virou celebridade.

Devo confessar que nos mais de 25 anos de militância no jornalismo, essa foi a primeira vez que vi o sovaco de alguém ganhar notoriedade em rede nacional de televisão, inclusive, com repercussão no exterior. É mole?

O curioso é que antigamente existia a figura do cabo eleitoral. Já nos dias atuais, a ministra Dilma, inaugura uma nova era na política brasileira ao criar o sovaco eleitoral.

Se a moda pega, estaremos logo, logo assistindo um político convocando entrevista coletiva para anunciar que sua cirurgia de hemorróida foi um sucesso danado!

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, apressou-se em dizer que a doença de Dilma não abalou o partido, que permanece contando com ela para disputar a eleição de 2010. Berzoini ainda elogiou a forma objetiva e com "desassombro" com a qual a ministra tratou seu diagnóstico de câncer linfático.

Por derradeiro vale lembrar a vassoura adotada como símbolo da campanha de Jânio Quadros então candidato à presidência da República. Já pensou se Dilma resolver fazer algo parecido com o sovaco?

Durma-se com esse barulho!