domingo, 30 de novembro de 2008

AGL comemora aniversário com posse de novos membros

A Academia Gurupiense de Letras (AGL) realiza a partir das 20 horas de hoje sessão solene, no Centro Cultural Mauro Cunha, para comemorar o nono ano de fundação da entidade e ainda empossar três novos integrantes.

O escritor Marcus Túlius Cícero Barros Loureiro assumirá a cadeira 13 no quadro de membros efetivos, anteriormente ocupada por seu pai, o escritor e advogado Milton Loureiro. Para o quadro de membros correspondentes tomarão posse José Milton Oliveira Santos, de Palmas, e Wátila Misla Fernandes Bonfim, de Dianópolis.
A sessão solene contará ainda com o lançamento de três obras póstumas de Milton Loureiro: o romance O Médico e os Anjos, a obra Zoy Y Zô e Orimar e ainda Lendas Parecis (contos). O dinheiro arrecadado com a venda dos livros será revestido para instituições filantrópicas em Gurupi e Corumbá (MS).

Ao comentar as atividades realizadas no decorrer deste ano, o presidente da AGL, Eliosmar Veloso, disse que apesar das dificuldades o balanço é positivo. "Foram vários eventos realizados em parcerias com escolas e outras instituições culturais, sempre estimulando o hábito da leitura e incentivando o surgimento de novos talentos literários", diz, comentando ainda que alguns acadêmicos da AGL se destacaram fora do Estado, citando a escritora Conceição Rodrigues, que participou da segunda versão da antologia literária nacional Poetas do Brasil, em Porto Seguro (BA), e ainda José Ribamar Alves dos Santos e Ana Márcia Barros, que tiveram trabalhos incluídos na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, publicada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE), do Rio de Janeiro. Além destes, os escritores Mário Antônio Silva Camargos, Paulo Henrique Costa Mattos e Zacarias Martins lançaram livros individuais. "Este também foi ano em que a Academia Gurupiense de Letras abraçou o projeto Rodas Machadianas e Leitura, em parceria com a Fundação Cultural do Tocantins e a Academia Tocantinense de Letras", frisou. (Ceila Menezes)

Publicado no Jornal do Tocantins, edição de 30/11/2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tributo a Milton Loureiro


Por Zacarias Martins

Escritor, humanista, orador, civilista e advogado, Milton Loureiro (foto) participou da fundação da Academia Gurupiense de Letras e contribuiu efetivamente para a fomento do fazer literário em Gurupi. Integrou o Instituto dos Advogados do Estado do Tocantins e foi um dos fundadores também da Academia de Letras Jurídicas do Estado do Tocantins.

Cultor das letras em toda a sua plenitude, Milton Loureiro nasceu em 23 de fevereiro de 1923, em Ipameri, no Estado de Goiás, tendo registrado textos de sua autoria no Anuário de Poetas e Escritores de Gurupi, edições de 1998,1999 e 2000. É autor do livro A Pátria O Brasil 500 anos (2000).


Desde 1975 morava em Gurupi com a esposa Raimunda Barros Lima Loureiro. O casal teve três filhos entre os quais, o médico e escritor Marcus Túlius Cícero Barros Loureiro, que assume a aga deixada por seu pai na Academia Gurupiense de Letras. Em 31 de outubro de 2007, Milton Loureio falece em Brasília, aos 85 anos

Loureiro se foi para um plano superior. Deve ter virado estrela a brilhar constantemente nos céus de Gurupi para nos lembrar que a chama viva da Literatura não se apagará jamais se sempre e cada vez mais cultivarmos de forma prazerosa, as belas letras. Neste domingo, 30, Milton Loureiro será o grande homenageado na Sessão Solene de nono aniversário da Academia Gurupiense de Letras, no Centro Cultural Mauro Cunha. Na oportunidade, o seu filho, Marcus Túlius Cícero Barros Loureiro,que é médico e escritor(dos bons) será empossado na cadeira 13, anteriormente ocupada pelo pai.

A Sessão Solene contará com o lançamento de
três obras póstumas de Milton Loureiro: O Médico e os Anjos (romance), Zoy Y Zô e Orimar – Lendas Parecis (contos). O dinheiro arrecadado com a venda desses livros será revestido para instituições filantrópicas em Gurupi e Corumbá (MS).

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Rodas Machadianas de Leitura chegam ao Sesc Ler de Gurupi









A segunda edição do projeto Rodas Machadianas de Leitura em Gurupi aconteceu na unidade do Sesc Ler, na tarde de terça-feira, 18, tendo na coordenação como leitor-guia, o escritor Zacarias Martins, secretário-Executivo da Academia Gurupiense de Letras. O projeto é uma iniciativa da Fundação Cultural do Tocantins em parceria com as Academia Tocantinense de Letras e as academias de letras de Gurupi, Palmas e Araguaína

Martins explicou que o público alvo dessa edição foram os alunos e educadores do Projeto EJA – Educação de Jovens e Adultos e disse ver nesse projeto uma importante ferramenta pedagógica com muitos atrativos para estimular o hábito da leitura nas pessoas.

A orientadora pedagógica do Sesc Ler de Gurupi, Cléubia do Vale Costa
Gonçalves, destacou a importância da realização das Rodas Literárias por mostrar uma nova maneira de prender a atenção dos alunos para obras de grandes vultos da literatura brasileira como Machado de Assis.

"A chegada do escritor Zacarias Martins com esse projeto foi
gratificante e certamente contribuiu para o enriquecimento vocabular de todos que tiveram o privilégio de participar dessa roda de leitura", afirmou.

Amargo e sarcástico observador dos costumes e da condição humana,
Machado de Assis escreveu algumas das melhores obras da literatura brasileira. O conto machadiano é uma arte de pormenores, de sutilezas, em que há o engate perfeito da simplicidade do estilo, do humor e da reflexão. A terceira edição do Rodas Machadianas de Leitura acontece na noite de quinta-feira, para acadêmicos do curso de Pedagogia da Eaducon em Gurupi. (Eliosmar Veloso)

sábado, 15 de novembro de 2008

ACADEMIA GURUPIENSE DE LETRAS ELEGE NOVOS IMORTAIS

Marcus Túlius Cícero Barros Loureiro com a esposa
José Milton Oliveira Santos




Wátila Misla Fernandes Bonfim


Em assembléia extraordinária realizada na noite de sábado, 15, no Centro Cultural Mauro Cunha, a Academia Gurupiense de Letras elegeu, por unanimidade dos acadêmicos presentes, o escritor Marcus Túlius Cícero Barros Loureiro para ocupar a cadeira de número 13, anteriormente ocupada por seu pai, Milton Loureiro, falecido em 31 de outubro do ano passado, aos 85 anos.
Além de escritor, Marcus Túlius é médico, cronista e poeta, autor dos livros Chambalé (Crônicas) e Meu Velho Amigo (Poesias), ambos publicados em 2000. Têm ainda trabalhos publicados no Anuário de Poetas e Escritores de Gurupi, edições de 1998 e 2000.Participou da Antologia Literária Internacional Del'Secchi, nas edições de 1998, 2000 e 2002. Em 1998, o seu poema "O Menino de Rua", foi publicado na Antologia do Tocantins e teve ainda participação no livro Asas da Imaginação, publicado em 2001, no Rio de Janeiro, com o poema "Cachorro vira-lata"

MEMBROS CORRESPONDENTES

Também a Academia Gurupiense de Letras elegeu José Milton Oliveira Santos, de Palmas, e Wátila Misla Fernandes Bonfim, de Dianópolis, para o quadro de membros correspondentes।

José Milton Oliveira Santos é escritor e poeta, formado em Licenciatura Plena em Historia da UFT - Universidade Federal do Tocantins, Campus de Porto Nacional. Em 2006, com a poesia "Nós vamos dar o troco", participouAntologia Literária Mosaicos, da Editora Andross, de São Paulo, cujo lançamento aconteceu na Bienal Internacional do Livro da capital paulista. Anda nesse mesmo ano publicou a poesia "Cidade planeja" no jornal experimental da turma de Comunicação Social da Universidade Federal do Tocantins – Campus de Palmas. Em 2007 participou da Antologia de Contos Folhas ao Vento, também pela Editora Andross, onde publicou o conto "O rei do breik". É autor do livro de poesias "Amor e Paixão", publicado em 2008.
Wátila Misla Fernandes Bonfim, é graduado em História pela UFT e pós-graduado em História Social. Em 2002, ficou em sétimo lugar no I Concurso Talentos Literários do Estado do Tocantins, organizado pela Fundação Cultural do Tocantins.Em 2005, e com o poema "Madrigal quase perfeito", venceu o I Concurso Nacional de Poesia, organizado pela Academia Tocantinense de Letras. Possui trabalhos publicados em nove antologias literárias pelo Brasil afora.

A sessão solene de posse dos novos integrantes da AGl, acontece no próximo dia 30 de novembro, no Centro Cultural Mauro Cunha, a partir das 20 horas. Na oportunidade, serão lançadas três obras póstumas de Milton Loureiro: O Médico e os Anjos (romance), Zoy Y Zô e Orimar – Lendas Parecis (contos). O dinheiro arrecadado com a venda desses livros será revestido para instituições filantrópicas em Gurupi e Corumbá (MS).














































Marcus Túlius Loureiro e esposa















































































quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Peculiaridades gurupienses em crônicas


LITERATURA

Peculiaridades gurupienses em crônicas

Em comemoração aos 50 anos da cidade, o escritor
Zacarias Martins lança hoje Histórias das História de Gurupi

Ceila Menezes
Gurupi - Correspondente

Em mais um lançamento, o poeta, jornalista e escritor Zacarias Martins lança um olhar crítico sobre os acontecimentos e escreve páginas repletas de humor e dizeres, até mesmo exóticos, sobre a cidade de Gurupi no seu mais novo livro, Histórias da História de Gurupi, que será lançado hoje, às 20 horas, no Centro Cultural Mauro Cunha, em Gurupi.

Este é o sétimo livro individual de Martins, sendo o primeiro no gênero de crônicas, uma vez que as publicações anteriores eram todas de poesias. “São 11 crônicas especialmente selecionadas sobre fatos pitorescos que aconteceram na cidade nos últimos 25 anos, muitos dos quais, quase passaram despercebidos à época e que busquei retratar de uma forma diferente, com pinceladas de humor”, afirma Martins.

Entre os fatos relatados em seu livro, Zacarias Martins cita como exemplo a notícia que se espalhara pela cidade, em meados de 1994, de que alguém havia deixado uma bomba na agência da Caixa Econômica Federal, fato que gerou pânico na cidade, tomando conta dos clientes, que imediatamente deixaram o local às pressas. Na época do fato, a polícia foi acionada isolando a agência, fechando o trânsito nas proximidades, chamando a atenção de vários curiosos que se amontoavam na busca de novidades sobre o assunto. No final, constatou-se tratar de uma bomba d’água, dessas utilizadas em cisternas e que havia sido esquecida por um cliente. Além deste fato curioso, o livro apresenta ainda outros sobre a história da cidade.

A obra é ilustrada com fotos atuais e antigas de Gurupi, tendo recebido ainda apreciação crítica da professora de Literatura do Departamento de Letras do Centro Universitário Unirg, Maria Wellitania de Oliveira Cabral. Ela afirma que o elo entre os temas abordados realiza no discurso, crítica política e social, o que ainda, de acordo com a professora, é fruto do conflito entre o mundo ideal e o mundo real, sob o ponto de vista do autor. A professora afirma ainda que o escritor demonstra a convicção de que esses textos contribuem para cidadania e que a sociedade precisa dispor de fontes de informações que possam permitir conhecer o que se passa em sua volta, além de proporcionar aos cidadãos leitores a formação de opiniões próprias sobre tais fatos. “O autor depara-se com a memória e o real, o ontem e o hoje, a busca em conciliar a história e a arte. “Neste sentido, o discurso recorrente desenha o retrato da memória, ou seja, a fantasia do passado, numa tentativa de manter viva a história, a tradição e os movimentos culturais que caracterizam o povo gurupiense”, explica.

Lançamento
A programação de lançamento do livro também, contará com a exibição do vídeo-documentário Gurupi - 50 anos, produzido por acadêmicos do quinto e sétimo período do curso de Jornalismo da Unirg, tendo direção do professor Sandro de Oliveira.

O vídeo-documentário resgata a memória de Gurupi por meio de alguns membros importantes da sociedade gurupiense, como pioneiros que chegaram na região por volta da década de 50 ou 60 e que contam como era a cidade, as transformações sofridas e as expectativas para o futuro.

Também faz parte da programação a palestra Novidades e não novidades na obra de Machado de Assis, com o professor Fabiano Donato.


PERFIL

Jornalista, cronista, conferencista e ativista cultural, Zacarias é paraense, de Belém, mas tocantinense de coração. Reside em Gurupi desde 1983. É autor de seis livros individuais de poesias, tem ainda participação em dezenas de antologias literárias. Atualmente é assessor de imprensa do Hospital de Regional de Gurupi, diretor da Regional Sul da Associação Tocantinense de Imprensa e membro fundador das Academias Tocantinense e Gurupiense de Letras.

É autor dos livros Transas do Coração (1978), O Poeta de Belém (1979), Poetar (1980), O Profeta da Felicidade (1984), Vox Versus (1986) e Pinga-Fogo (2004).

SERVIÇO

O quê - lançamento do livro Histórias da história de Gurupi
Quando - hoje
Onde - Centro Cultural Mauro Cunha, em Gurupi
Horário - a partir das 20 horas

Matéria publicada no Jornal do Tocantins, Caderno Arte & Vida, edição de 11/11/208

SABOROSAS CRÔNICAS GURUPIENSES


Saborosas crônicas
gurupienses

O caso da bomba falsa em plena sede da Caixa Econômica Federal, que deixou a comunidade em polvorosa, é uma das saborosas crônicas livro Histórias das História de Gurupi, de Zacarias Martins (foto), que será lançado hoje, marcando os 50 anos de Gurupi, comemorados na próxima sexta-feira


Chamada de capa do Jornal do Tocantins, de Palmas, edição de 11/11/2008
Caderno Arte & Vida
Inicial

terça-feira, 11 de novembro de 2008

GURUPI: 50 ANOS DE PROGRESSO



Gurupi, completa 50 anos de emancipação política nesta sexta-feira, 14. O município se encontra localizado no Sul do Estado do Tocantins, a 245 km de Palmas, capital do Estado, e a 742 km de Brasília-DF. Fica no limite divisório de águas dos rios Araguaia e Tocantins, ás margens da BR-153, no quilômetro 663 no sentido Brasília a Belém; entre os Paralelos 11 e 12.


Limites e Confrontações:
Norte: Aliança do Tocantins
Sul: Cariri do Tocantins e Sucupira
Oeste: Dueré
Leste: Peixe
População: 71.143 habitantes (2007/IBGE)

Área:
A área do município de Gurupi é de 1.836 km².

Relevo:
O relevo do município de Gurupi é plano, mais ou menos ondulado, com altitude de 400m na sede. O solo é fértil, favorecendo o cultivo e a criação de gado. Apresenta a serra de Santo Antonio, Taipoca e outras.

Vegetação:
No município de Gurupi há predominância de dois tipos de vegetação: campos e cerrados e pequenas florestas.

Clima:
O clima é tropical megatérmico. Quente e úmido durante todo o ano, com período chuvoso entre os meses de Outubro e Abril e estiagem entre os meses de Maio a Setembro. A temperatura média anual de Gurupi permanece em torno de 35°.

Flora e fauna:
Há pequenas florestas que fornecem madeiras como jatobá, peroba, ipê, aroeira, e outras. A fauna se encontra limitada, mais ainda podem ser vistos animais selvagens como veados, tatus, macacos, emas e variedade de aves e insetos.

Topômio
De acordo com o historiador Adauto Cordeiro Cavalcante, no seu livro "Gurupi", edição UFG, 1968, etimologicamente Gurupi significa ''diamante puro'', que é originário da língua Tupi do (língua bela) idioma falado por todos os índios da América Meridional e constitui-se por dois elementos básicos: "guru" (diamante) e "pi" (pé, caminho, base, origem, puro).

A instalação do Município

A emancipação do município por força da Lei Estadual número 2.140, de 14 de novembro de 1958. O município foi instalado em 1º de janeiro de 1959, em sessão solene presidida pelo Juiz de Direito Feliciano Machado Braga, um dos principais articuladores da luta separatista do então norte de Goiás.

Nas marcas do tempo
É impossível falar de Gurupi, sem associá-la à BR-153. Isso porque a história da cidade está intimamente ligada a construção da Belém-Brasília, marco do surgimento e desenvolvimento de muitas outras cidades, ao longo de sua extensão no antigo Norte goiano.

Dados históricos dão conta, que o fundador de Gurupi, Benjamim Rodrigues chegou a procurar o engenheiro da rodovia Bernardo Sayão, em Goiânia, para uma exposição de motivos de a mesma cortar as férteis terras recém-habitadas pela sua família, e outros aventureiros.

A instalação definitiva do fundador de Gurupi na região se deu em 1952, ocasião em que concluiu a picada da rodovia projetada por Bernardo Sayão, até a estrada que ligava a cidade de Peixe a Porangatu; fez todo o levantamento da planta da cidade e construiu o primeiro comércio de Gurupi. A partir daí a paisagem do agreste foi dando lugar aos barracos de taipa dos novos moradores de varias outras localidades. A notícia do primeiro caminhão ao local já denominado de Gurupi é de setembro do mesmo ano, de propriedade do senhor Buta, que veio abastecer o comércio de Benjamim Rodrigues. A vocação para o comércio começou a partir desta data, e em pouco tempo a notícia se espalhou pelas regiões mais distantes e com isso, atraiu interesses de moradores de outras localidades, como Porto Nacional, Peixe, Cristalândia, Dueré e Formoso do Araguaia.

Em 1954, com a invasão das matas mais próximas ao povoado, foram lançadas as primeiras raízes para a formação de uma base agropecuária, destinada a dar vida própria ao local. Até então os moradores compravam arroz e outros alimentos em Cristalândia. Neste mesmo ano é rezada a primeira missa, pelo Bispo Dom Alano, de Porto Nacional e iniciado o alicerce para construção da primeira igreja, mais tarde denominada de Matriz de Santo Antônio.

Em poucos anos de povoamento do local, já era visível o progresso nos ramos da agricultura, pecuária, e a abundante colheita de cereais transformou o povoado em um pequeno pólo exportador. Em 1955, por sugestão de um dos pioneiros houve a votação para escolha do padroeiro da cidade, Santo Antônio e, iniciado o movimento político no sentido de eleva-lo à categoria de distrito. No mesmo ano, o Bispo Dom Alano, auxiliado pelo engenheiro Bernardo Sayão, fundou a escola Paroquial. Foram iniciados ainda os primeiros serviços médicos, embora bastante rudimentares, providencias na época, além do primeiro consultório dentário.

Os próximos anos foram de muito progresso e, graças ao grande surto imigratório, o povoado passa à posição de distrito de Porto Nacional, que culmina com a sua emancipação política e instalação do município de Gurupi, em janeiro de 1959. Com isso expandem-se as construções, ruas, praças e avenidas, forçando cada vez mais a aceleração dos serviços de melhoramento urbano. O primeiro prefeito nomeado de Gurupi foi Melchiades Barros dos Santos, mais conhecido como "Doca Barros". Para o cargo de primeiro juiz, foi nomeado Clemente Luiz de Barros.

No ano seguinte é instalada a Câmara Municipal com a posse dos vereadores Raimundo de Sousa Camelo(Presidente), Moisés Avelino Lustosa Brito, Joaquim Gomes de Oliveira (Ozico), João Manoel dos Santos (João Paraibano), Nelson Dias Fernandes, Francisco Santana e Antônio Luiz Leitão Brito.

Ainda em 1961, foi instalado o primeiro cartório do segundo oficio e realizada a primeira eleição para escolha do primeiro Francisco Henrique Santana e Luiz Brito Aguiar para vice. A partir daí, com o advento de firmas de maior porte, Gurupi desponta como uma das cidades mais progressistas do Norte de Goiás e assume o papel de liderança sobre as demais da região.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

HISTÓRIAS DE GURUPI RETRATADAS COM BOM HUMOR

Zacarias Martins

Histórias de Gurupi retratadas com bom humor




Numa iniciativa do curso de Letras do Centro Universitário UnirG, em parceria com a Fundação Cultural de Gurupi (FCG) e a Academia Gurupiense de Letras (AGL), o escritor e jornalista Zacarias Martins lança o sétimo livro individual de sua carreira: "Histórias da História de Gurupi", editado por Edições AGL, um selo editorial da academia.

A noite de autógrafo acontece no dia 11, às 20h, no Centro Cultural Mauro Cunha. Na oportunidade, será exibido um vídeo-documentário produzido pelos acadêmicos do curso de Jornalismo da UnirG, e que faz uma abordagem sobre essa cidade, que ficou conhecida como a "Capital da Amizade".

De acordo com o gerente de Literatura da Fundação Cultural do Tocantins, Osmar Casagrande, que assina o prefácio da obra, Zacarias Martins lança um olhar crítico sobre os acontecimentos de sua cidade, e o resultado disso é um livro com páginas repletas de humor, ainda que às vezes ácido (o defuntódromo é um desses casos).

Casagrande destaca que, no percorrer do desenvolvimento dos textos, tem a viagem do escritor, que observa os lances da realidade com olhos críticos de sonho, mas também existe a crítica orientada pelo trabalho do jornalista engajado com sua realidade, sua cidade, seus cidadãos.

O escritor explica que o livro é fruto de um trabalho despretensioso, composto por 11 crônicas especialmente selecionadas e que já foram publicadas pela imprensa tocantinense. O autor completa que, dessa forma, faz a sua estréia em livro como cronista, já que as publicações anteriores eram todas no gênero de poesia. O livro é ilustrado com fotos que retratam a cidade em várias épocas.

Martins expôs que os assuntos abordados em sua obra são fatos corriqueiros que aconteceram em Gurupi, desde a década de 1980, e que ele buscou retratar na sua visão crítica, porém, sempre com uma boa pitada de humor.

"Espalhou-se um boato, certa vez, de que tinham deixado uma bomba na agência da Caixa Econômica Federal. A polícia foi acionada, o prédio foi evacuado, as ruas nas proximidades foram tomadas por policiais. Mais tarde, descobriu-se que se tratava de uma bomba d'água, dessas que se utiliza em cisternas", citando um dos fatos por ele narrado no livro.

Mestranda em Teoria e Crítica Literária pela Universidade Católica de Goiás, a professora universitária Maria Wellitânia de Oliveira Cabral observa que as crônicas de Zacarias Martins registram o apelo do cidadão gurupiense situado em determinações que limitam a sua comunicação e o seu reconhecimento pleno. "Como jornalista, Martins busca oferecer ao público leitor informações sobre fatos ocorridos em Gurupi. Essas informações são passadas de maneira clara e verdadeira.", afirma, ressaltando que, dessa forma, o autor demonstra a convicção de que esses textos contribuem para cidadania, e que a sociedade precisa dispor de fontes de informações que possam permitir conhecer o que se passa em sua volta.

A professora Wellitania ressalta que a importância desse trabalho se faz pelo registro de fatos que poderão servir de auxílio para o futuro pesquisador ou estudioso da história da cidade e do povo de Gurupi. A obra é um conjunto de reflexões que acentua profunda admiração de seu autor pelo universo artístico-cultural, sem comprometer seu aspecto crítico em relação à sua função jornalística. Evidencia os dramas humanos e as relações político-sociais, focalizando as experiências vivenciadas pelo escritor.

Perfil do autor

Poeta, jornalista, cronista, conferencista e ativista cultural, Zacarias Martins é militante ativo no jornalismo impresso e on-line. Foi editor de Perfil (a primeira revista informativa do Tocantins - 1989) e correspondente de vários jornais tocantinenses, entre os quais, O Progresso (Araguaína), Diário Tocantinense (Palmas), O Jornal (Palmas), além do Cinco de Outubro (Goiânia-GO). Em Gurupi, foi repórter da Folha do Tocantins, Gazeta Esportiva do Tocantins e A Notícia. É articulista do jornal Cocktail, tendo participado de sua fundação em 1990, e, até hoje, mantém a coluna semanal Pinga-Fogo.

Trabalhou como Assessor de Imprensa da Prefeitura de Gurupi nas gestões dos prefeitos Tadeu Gonçalves e João Cruz. Atualmente, é Assessor de Imprensa do Hospital Regional de Gurupi, diretor da Regional Sul da Associação Tocantinense de Imprensa, integrante da Associação de Artes de Gurupi e fundador da Academia Gurupiense de Letras e da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Tocantins. É membro correspondente da Academia Imperatrizense de Letras.

Foi Diretor de Cultura de Gurupi na gestão do prefeito Jacinto Nunes da Silva. Integrou o primeiro colegiado do Conselho Estadual de Cultura de Tocantins (1989-1990). Em 1990, também participou da fundação da Academia Tocantinense de Letras, na qual ocupa a Cadeira de nº 21. Também integrou o primeiro colegiado do Conselho Municipal de Cultura de Gurupi, sendo eleito o seu primeiro presidente (1999-2000). Desde 1994, integra os quadros da Academia Brasileira de Jornalismo, tendo como patrono o jornalista Costa Rego.

Dentre as condecorações que Zacarias Martins recebeu em reconhecimento a seus serviços prestados à Cultura, afloram com destaque a Medalha da Ordem do Mérito da Cultura e Cavaleiresca de Santo Amaro, no Grau de Comendador; a Medalha do Mérito Cultural D. Pedro II e o Título Honorífico de Cidadão Gurupiense, outorgado pela Câmara Municipal de Gurupi, além da Medalha do Mérito Acadêmico, outorgada pela Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias.

É Senador da Cultura, representante do Estado do Tocantins no Congresso da Sociedade de Cultura Latina do Brasil.

Obras publicadas

• Transas do Coração (1978)

• O Poeta de Belém (1979)

• Poetar (1980)

• O Profeta da Felicidade (1984)

• Vox Versus (1986)

• Pinga-Fogo (2004).


Por Heliana Oliveira
Fonte: Jornal O Girassol de Palmas - TO. - 21/10/2008 (www.ogirassol.com.br)


sábado, 1 de novembro de 2008

HISTÓRIAS DA HISTÓRIA DE GURUPI



por Nelson Hoffmann
Ler Zacarias Martins é passar momentos do mais puro prazer. A gente se diverte, a gente sofre, a gente ri, xinga, esbraveja… a gente aprende. Zacarias Martins é sempre ele mesmo, autêntico, verdadeiro: divertido, sério, inteligente. Tudo o que escreve tem o jeito da galhofa, mas contém sempre a carga da realidade nua, denotando uma perspicácia e uma observação desconcertantes. Zacarias Martins é único.

Este seu novo livro "Histórias da História de Gurupi", que será lançado no proximo dia 11 de novembro, às 20 horas, no Centro Cultural Mauro Cunha, em Gurupi, é um livro primoroso. Uma pequena seleção de crônicas abordando fatos corriqueiros na vida de qualquer cidade. Em especial, acontecimentos que envolvem atuações políticas.

Zacarias Martins está sempre atento e capta o absurdo, o ridículo, o lamentável daquilo que normalmente passa despercebido. Daquilo que ninguém nota ou, quando nota, deixa de lado, desconsidera, ignora.
O autor vai direto ao cerne, apanha o essencial, mostra e exibe para que todos vejam. E a gente fica na dúvida sobre o que é mais prazeroso/doloroso: a graça da narrativa ou a verdade desnudada?
Ambas. E a inteligência de Zacarias Martins faz desses casos próprios da cidade de Gurupi uma ressonância de todas as cidades. Em outras palavras: no particular, ele encontra o universal.
Nelson Hoffmann é escritor