quinta-feira, 19 de junho de 2025

Em Tocantínia, eletiva “Poetas do Xodó” emociona comunidade escolar com culminância literária e artística



Por Zacarias Martins

No último dia 18 de junho, às 8h da manhã, a Biblioteca Frei Antônio, no Centro Educacional Fé e Alegria Frei Antônio, foi palco de uma verdadeira celebração da palavra poética. A culminância da eletiva comum “Poetas do Xodó”, componente curricular desenvolvido ao longo do semestre sob orientação do professor André Goveia — poeta e escritor —, emocionou os presentes com uma programação sensível, criativa e profundamente enraizada na história da própria escola.

O tema trabalhado durante o semestre foi a “Poesia contemporânea: história e vida do fundador da escola, Monsenhor Pedro Pereira Piagem”, integrando vivências poéticas com a memória institucional e afetiva. A culminância foi aberta ao público e reuniu alunos, educadores, funcionários e familiares em uma atmosfera de afeto, arte e pertencimento.

Ao adentrar o evento, os visitantes foram recepcionados pela “Cortina de Poesias”, instalada na entrada do hall da biblioteca, onde estrofes escritas pelos alunos pendiam delicadamente como um convite para atravessar os versos com o corpo e o coração.

O professor André Goveia coordenou toda a ação desenvolvida pelos alunos.

Logo em seguida, uma das grandes atrações: um livro poético ilustrativo de um metro de altura, contendo criações autorais dos estudantes. O percurso poético seguia com um encantador Varal de Poesias, que exibia a leveza e pluralidade das produções, e murais com banners que uniam fotografias do fundador com poesias inspiradas em sua trajetória.

Uma mesa de exposição de cadernos de poesia dos alunos demonstrava a seriedade e o carinho dedicados às criações durante o semestre. Já um mural especial destacava o rosto e a voz poética de cada participante: uma fotografia acompanhada de um poema autoral, com foco na autoimagem e identidade poética.

Destaques

Entre os destaques interativos, uma mesa intitulada “Poesia para um funcionário” exibia envelopes personalizados, cada um contendo uma poesia dedicada a um membro da escola. Já a “Poesia no Vidro” encantou pela originalidade: garrafas de vidro recicladas, pintadas artisticamente, continham em seu interior pergaminhos poéticos amarrados por barbantes decorados com sementes de açaí coloridas — um convite à descoberta sensível.

Dentro da sala de leitura, um cenário cuidadosamente preparado relembrava a presença de Monsenhor Pedro por meio de um boneco artístico, um banner da eletiva e o quadro do fundador. Para cada grupo visitante, era exibido um vídeo com cenas das aulas do semestre, seguido por apresentações ao vivo de declamações poéticas dos alunos, incluindo uma poesia encenada sobre o fundador, embalada por músicas em francês e português, línguas que marcaram sua história.

Mural coletivo

No encerramento, os visitantes eram convidados a interagir com um mural coletivo, deixando em post-its versos autorais sobre a experiência vivida na eletiva — material que será posteriormente utilizado na composição de uma poesia coletiva dos alunos. Ao final, todos recebiam uma lembrança poética: um lápis e um poema fixado, como símbolo da semente que a poesia pode ser.

Para a diretora Rose Oliveira “ É muito bom ver os alunos apresentando os conhecimentos da sua eletiva para os convidados. É um momento de muita riqueza, protagonismo, criatividade, trocas de experiências. É o ensino e aprendizagem na prática. Parabéns Goveia com seus poetas e poetisas...” 

Para o professor André Goveia: “A culminância da eletiva “Poetas do Xodó” não foi apenas um evento de encerramento, mas sim uma celebração viva da arte, da história e do protagonismo estudantil. Nas aulas por meio de uma condução sensível, a poesia deixou de ser apenas conteúdo didático e tornou-se experiência, identidade e memória.”





quarta-feira, 18 de junho de 2025

Jornalistas e comunicadores vivenciam experiência única na Rota Amazônia Atlântica


Fazenda Bacuri propõe uma imersão na floresta e nos sabores amazônicos 

Município de Augusto Corrêa, no Pará, recebeu grupo de participantes do II Congresso Brasileiro de Jornalistas e Comunicadores de Turismo


Por Gil Correia  - Fotos: João Ramid

Durante o II Congresso Brasileiro de Jornalistas e Comunicadores de Turismo, realizado em Belém do Pará, um grupo seleto de profissionais da comunicação teve a oportunidade de conhecer de perto as experiências que fazem da Rota Amazônia Atlântica um verdadeiro exemplo de turismo sustentável, cultura viva e preservação ambiental.

No sábado, 14, a comitiva iniciou sua jornada pelo Sítio Raiz, em Augusto Corrêa,  a cerca de 230 km de Belém, onde foram recepcionados pelos produtores que mantêm viva a tradição da fabricação artesanal da famosa farinha de mandioca lavada, considerada uma das melhores do mundo. Além de acompanhar de perto todo o processo, desde o cultivo da mandioca até sua transformação em farinha, os jornalistas puderam saborear a gastronomia regional oferecida no restaurante local, onde peixes, frutos do mar e hortaliças frescas compõem um cardápio simples, mas riquíssimo em sabor e cultura.

Em seguida, o grupo partiu para a Fazenda Bacuri, referência internacional em sustentabilidade, gastronomia orgânica e preservação da floresta amazônica. Com seus 64 hectares de floresta nativa preservada, a fazenda encantou os visitantes não apenas pelos sabores, com geleias, licores, frutas secas e mel orgânicos, certificados nacional e internacionalmente, mas também pelas experiências que oferece.

Um dos momentos mais marcantes foi o Micoturismo Noturno, uma caminhada pela floresta para observar o fenômeno da bioluminescência, quando fungos emitem luz natural, criando um espetáculo mágico e raro. A experiência sensibilizou os visitantes sobre a importância da preservação dos ecossistemas e do equilíbrio natural. 

Sacaca mostra o preparo do “Avuado do Pescador”, peixe assado na brasa e servido na folha de guarumã 

“Avuado”

Antes da caminhada, o grupo foi conduzido para a cozinha da fazenda, para uma imersão na vida ribeirinha, conduzida pelo icônico Sr. Sacaca, pescador com mais de 50 anos de experiência, conhecedor dos segredos dos manguezais. 

Além de compartilhar seu conhecimento sobre o bioma e as técnicas tradicionais de pesca, ele mostrou o preparo do famoso “Avuado do Pescador”, peixe assado na brasa, servido na folha de guarumã, acompanhado de cuscuz de farinha e sucos naturais. Uma verdadeira celebração da culinária de subsistência dos pescadores amazônicos.

No ambiente acolhedor da própria Fazenda Bacuri, os visitantes também puderam conhecer os produtos sustentáveis e os artesanatos ecológicos do projeto Ipê Porã, que transforma materiais descartados em peças de decoração, utilitários e acessórios, reforçando a proposta de economia circular e consumo consciente, além de fortalecer a cultura e a economia local.

Participantes do II Congresso da Febtur durante visita ao Sítio Raiz, em Augusto Corrêa 

Histórias e saberes

Para o diretor financeiro da Febtur, Benneh Amorin, estar em Augusto Correia, “foi uma das experiências mais especiais da minha vida de viajante. Confesso que, em termos de destino, visitar Augusto Correia, especialmente a Rota Turística Amazônia Atlântica, foi espetacular”, resumiu o jornalista.

O encontro foi coroado com um jantar servido na fazenda, onde os sabores da Amazônia, preparados pelas mãos do pescador Sacaca, reuniram a todos em torno de uma mesa farta, cheia de histórias e saberes da floresta.

Essa jornada pela Rota Amazônia Atlântica revelou não só a riqueza ambiental e cultural da região, mas também a força do empreendedorismo sustentável que cresce de forma colaborativa. O município de Augusto Corrêa, onde boa parte dessas experiências acontece, começa a compreender cada vez mais a importância do turismo sustentável como vetor de desenvolvimento, geração de emprego e preservação do meio ambiente.

Comitiva de jornalistas que visitou a Fazena Bacuri

Para o presidente da Febtur Tocantins, Marco Aurélio Jacob, foi uma honra e alegria vivenciar a Rota Amazônica, em Augusto Corrêa, antigo povoado de Urumajó, a única representante do Norte entre as 20 rotas estratégicas do Brasil. 

“Foi uma imersão profunda - entre o silêncio e a escuridão da floresta, a luminosidade do Micotirismo e os fungos que brilham com sua fotoluminescência ancestral e os sabores autênticos da Amazônia. Uma experiência transformadora, que merece ser vivida, divulgada e valorizada como exemplo de turismo com identidade e alma brasileira”, enfatizou Jacob.

A mesma opinião tem o jornalista Zacarias Martins, que afirmou ter ficado entusiasmado e impressionado com a seriedade do trabalho e das pessoas envolvidas. “A Rota Amazônia Atlântica não é apenas um destino turístico, mas uma aula viva de sustentabilidade, cultura e respeito à natureza, que encantou jornalistas e comunicadores de turismo de todo o Brasil”, ressaltou Martins. 

Degustação no Sítio Raiz, beiju com leite de coco feito na folha de bananeira

O Congresso

O II Congresso Brasileiro de Jornalistas e Comunicadores de Turismo foi realizado em Belém (PA), de 10 a 15 de junho e conta com o patrocínio do Ministério do Turismo, Sebrae Pará, Vale e Equatorial Energia, além do apoio do  Governo do Estado do Pará, por meio das Secretarias de Turismo, Cultura e Comunicação, Prefeituras de Belém (por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Semcult), Augusto Correia e Salinópolis, Fecomércio/PA, FBHA/CNC, Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

Também foram parceiros na iniciativa: Hotel Beira Rio, Casa de Saulo, Carvalhos Tur, Henvil Transportes, Point do Açaí, Instituto Aupaba, Belém Convention & Visitors Bureau, ABEOC Brasil, Sítio Raiz, LocMil Turismo, VerdeMar e Zoe Soluções Digitais.






“Agora Somos 13”

 

          Texto:Pastor Gilberto Silva - Fotos: Zacarias Martins

No coração do Distrito de São Raimundo de Borralhos, zona rural de Santo Antônio do Tauá, situado na região do Guamá, no estado do Pará, escondida entre matas, rios e histórias que o tempo não apaga, existe um pedaço de céu chamado Vila dos Anjos. E lá, mora um anjo de carne, osso, alma e sorriso largo, a Vó Dina, como carinhosamente é chamada dona Adinair, a matriarca de uma família que carrega raízes mais profundas que qualquer árvore daquele lugar.


Aos 87 anos, ela é mais que uma testemunha viva da história. É protagonista. Nunca saiu dali, nem precisou. O mundo inteiro parece ter vindo até ela, embalado nas risadas dos filhos, no corre-corre dos netos e no carinho dos bisnetos. Uma mulher que carrega no olhar a sabedoria dos que aprenderam que a vida vale mais quando se mede pelo amor e não pelo tempo.

Tive o privilégio - e não uso essa palavra por acaso - de conhecer Vó Dina, compromisso firmado com seu neto distante, Marcos Vinicius, missionário no SETECEB, há quase quatro anos, na cidade de Anápolis. E conhecer Vó Dina não é só apertar a mão, ouvir um muito prazer e seguir adiante. Conhecer, nesse caso, foi se permitir ser tocado por uma simplicidade que não se encontra nas cidades grandes, nem nos livros, nem nas filosofias complicadas. Está ali, no gesto simples de quem acorda, agradece, trabalha, cuida e ama. E o que era uma breve visita, se transformou em um belo almoço, visita à casa de farinha no quintal, aos vizinhos, amigos e demais familiares residentes na vila. E claro, um verdadeiro banquete, preparado pelas mãos da mãe do Marcos, dona Edilena e da irmã, Carol.

Cheguei forasteiro, saí neto. Assim mesmo. Sem burocracia, sem formalidade, sem exigência. Bastou um olhar, um sorriso, um abraço apertado e uma frase que ficou marcada na memória: - "Eu tenho doze netos..."

— "Agora são treze, Vó Dina. Porque eu entrei na família.", disse eu, cheio de presunção.

 



Ela sorriu, me puxou para perto e, naquele instante, selamos uma aliança que nem o tempo, nem a distância, nem os quilômetros entre Tocantins e São Raimundo de Borralhos podem desfazer.

Viver essa experiência foi entender que a vida não precisa ser complicada. Que felicidade não mora nos shoppings, nos apartamentos ou nas redes sociais. Mora ali, na lida diária, no cheiro do mato, no som do rio correndo, na roda de conversa sob a sombra da mangueira, no café passado na hora, no pão feito na mão, no abraço que acolhe sem perguntar de onde você veio.

Saí de lá com uma certeza de que preciso voltar. Voltar não só para rever a vó, agora minha vó, mas para reencontrar aquele pedaço de mim que, por vezes, a vida moderna insiste em esconder. Aquele que sabe que as coisas simples são, na verdade, as mais valiosas.

Na despedida, depois de oração, entrega de pão diário e muitos abraços, carreguei comigo mais que lembranças. Levei o privilégio de ser adotado por uma família que entende que amor não se divide, multiplica. E se me perguntarem hoje quantos netos Vó Dina tem, responderei com o peito cheio:

— Treze. E eu sou um deles.




 

terça-feira, 17 de junho de 2025

Assembleia da Febtur aprova encontros em 2026, presta contas e novas iniciativas


 

Por Gilberto Silva

Fotos: Eduardo Santana

A Assembleia Geral da Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo (Febtur), realizada durante o Congresso Nacional da entidade, foi presidida pelo diretor administrativo nacional, jornalista Gilberto Silva, após abertura do presidente nacional, Gorgônio Loureiro, no auditório da Federação do Comércio de Belém, com aprovação de importantes encaminhamentos para o biênio 2025-2026.

Entre os assuntos tratados e aprovados, destacou-se a prestação de contas da entidade referente aos meses de março e abril de 2025, além da aprovação de dois eventos institucionais para 2026, com inscrições formais apresentadas por dois associados.

O jornalista Antônio Coca, associado da Febtur Tocantins e natural do Mato Grosso do Sul, propôs a realização do II Encontro Nacional da Febtur na região da Serra da Bodoquena, tendo como sede principal a cidade de Bonito (MS). A proposta sugere que o evento ocorra em maio de 2026.

Já o jornalista Jacobo Malowany, do Uruguai, apresentou a proposta para sediar o I Encontro Íbero-Americano de Comunicadores de Turismo na cidade ou distrito de Canelones, no Uruguai, também em 2026, mas para ser realizado em outubro ou novembro. Ambas as propostas foram encaminhadas e aprovadas, com a recomendação de definição das datas o mais breve possível para facilitar o planejamento, ficando definida na Assembleia como data final para o cumprimento dos encargos dos encontros, a data de 31 de agosto deste ano.  

Outro ponto relevante da Assembleia foi a aprovação da criação do Conselho de Editoração da Febtur, que será responsável pela organização e publicação dos materiais produzidos pela entidade, com produção, edição e revisão de todo material.  Durante o Congresso, foi apresentado o Manual de Redação de Turismo da Febtur, produzido pelo diretor de comunicação da Febtur nacional e presidente da Febtur Tocantins, Marco Aurélio Jacob, que estará disponível aos associados e interessados dentro de 30 dias.

Também foi apresentado o projeto "Integre-se", elaborado pela jornalista Cassandra Theodoro, da Febtur de Sergipe, com foco na capacitação dos associados, especialmente no uso de ferramentas de comunicação digital.

 No que se refere ao processo eleitoral da entidade, Gilberto Silva esclareceu que o edital das eleições será lançado no início de outubro, conforme previsto no regimento e estatuto da Febtur, respeitando o prazo mínimo de 60 dias antes do pleito. A eleição está inicialmente marcada para 19 de dezembro, com posse prevista para o dia 9 de janeiro de 2026, podendo ser antecipada mediante nova deliberação em assembleia.

Durante a Assembleia, também foram entregues 45 carteirinhas nacionais aos associados adimplentes com as regionais. Os demais associados adimplentes deverão enviar os dados solicitados pela diretoria administrativa que serão confeccionadas e enviadas no decorrer do segundo semestre.

O Congresso Nacional da Febtur conta com o patrocínio do Ministério do Turismo, Sebrae Pará, Vale e Equatorial Energia, além do apoio do Governo do Estado do Pará, por meio das secretarias de Turismo, Cultura e Comunicação, das Prefeituras de Belém, Augusto Corrêa e Salinópolis, Fecomércio/PA, FBHA/CNC, Sudam, Hotel Beira Rio, Casa de Saulo, Carvalhos Tur, Henvil Transportes, Point do Açaí, Instituto Aupaba, Monotour Turismo, Belém Convention & Visitors Bureau, ABEOC Brasil, Sítio Raiz, LocMil Turismo, VerdeMar e Zoe Soluções Digitais.


Jacobo Malowany apresentou proposta
do I Ibero-Americano de Comunicação
na região de Canelones, no Uruguai


Antonio Coca apresentou proposta de realização
do II Encontro Nacional em Mato Grosso do Sul





Com ampla participação e apoio institucional, II Congresso da Febtur cumpre sua missão e deixa legado para a comunicação turística


Evento nacional promovido pela Febtur em Belém do Pará teve seis dias de atividades intensas, incluindo palestras e painéis, visitas técnicas, imersões culturais e lançamento de ferramentas de comunicação para o setor


Por Seleucia  Fontes

A capital paraense se consolidou como epicentro da comunicação turística no Brasil ao sediar, entre os dias 10 e 15 de junho, o II Congresso Brasileiro de Jornalistas e Comunicadores de Turismo, promovido pela Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo (Febtur). Com o tema “Sustentabilidade também se faz com informação”, o evento reuniu mais de 100 profissionais da comunicação de todas as regiões do país, além de convidados do Uruguai e da Espanha, em uma programação técnica e vivencial marcada pela diversidade de olhares e experiências.

Na programação do II Congresso Brasileiro da FEBTUR - Federação dos Jornalistas e Comunicadores de Turismo do Brasil realizado em Belém do Pará, a comitiva  de jornalistas esteve  na Ilha do Combu, e conheceu a bela unidade agroflorestal de dona Nena com sua famosa fábrica de chocolate orgânico.  Encantado com a floresta ali existente, o jornalista tocantinense Zacarias Martins fez questão de fazer um registro especial ao lado dessa sumaúma, que é uma árvore gigante da Amazônia, considerada sagrada por povos indígenas e ribeirinhas.

Visita ao Mangal das Garças, para  a solenidade do plantio de árvores da flora regional

Segundo Christina Hayne, presidente da Febtur Pará, o congresso inovou na parte técnica ao adotar um formato dinâmico e participativo, com destaque para as mesas temáticas e painéis que trataram de comunicação, diversidade, inclusão e sustentabilidade sob diferentes perspectivas. “Acredito que esse foi o ponto forte do evento. Tivemos convidados com visões muito ricas, e a apresentação da nova plataforma da Febtur, com o guia de redação para jornalistas de turismo, foi um marco”, afirmou.

Os participantes puderam acompanhar palestras com especialistas em turismo cultural, oficinas sobre o uso da imagem na promoção de destinos, e mesas que trouxeram debates potentes sobre temas urgentes, como o papel da mulher negra no turismo, inclusão de pessoas com deficiência e estratégias de comunicação para engajamento social.

Visita à fábrica de chocolates artesanais localizada num belo projeto de agrofloesta na ilha do Combu

Para o presidente nacional da Febtur, Gorgônio Loureiro, o evento superou as expectativas. “Valeu a pena fazer o congresso em Belém. Conseguimos realizar um encontro recheado de atrações e conteúdo relevante, com a presença de profissionais experientes e novos comunicadores comprometidos com o turismo responsável. Isso só foi possível graças à mobilização conjunta de patrocinadores, apoiadores e voluntários.”

Uma comitiva de jornalistas especializados em turismo também eseve na  Fazenda Bacuri, localizada na Rodovia Bragança/Augusto Correia. Essa fazenda  é conhecida por sua produção agroindustrial familiar e artesanal de alimentos, incluindo frutas da biodiversidade local, e também por oferecer turismo de experiência. A fazenda, que se dedica à produção orgânica de alimentos, está inserida na rota turística Amazônia Atlântica e é um exemplo de empreendimento sustentável.

Imersões técnicas e vivências


Um dos destaques do evento foram as visitas técnicas a destinos turísticos da região, que proporcionaram aos congressistas uma imersão prática no turismo sustentável da Amazônia. Os roteiros incluíram Belém (continental e insular), Augusto Corrêa/Bragança, Salinópolis e Mosqueiro, onde os participantes conheceram iniciativas de turismo comunitário, projetos culturais e ações de valorização da gastronomia e das tradições locais.


Christina Hayne destaca a visita a Mosqueiro como uma das mais emocionantes. “Foi um momento de conexão com a comunidade, com destaque para a religiosidade, a cultura local e a culinária paraense, que esteve presente em toda a programação.”


Hospitalidade, cultura e saboress

Logo na abertura, realizada na Casa das 11 Janelas, o chef Saulo Jennings, embaixador da ONU para o Turismo Gastronômico, deu o tom da experiência sensorial que acompanharia todo o evento. Ao longo da semana, a cultura, a música e os sabores do Pará foram celebrados em almoços e jantares temáticos, com apoio de instituições como o Senac e participação de chefs locais. “A gastronomia foi, sem dúvida, uma das formas mais vivas de comunicação do congresso”, comentou um dos participantes.

Reconhecimento e gratidão

Em nome da delegação da Bahia e demais participantes, o jornalista Benneh Amorin agradeceu a equipe organizadora do Pará pelo carinho e competência com que conduziram o congresso. “Cristina Hayne e seu time foram incansáveis. Obrigado também aos hotéis, guias, produtores, fotógrafos, videomakers, motoristas e apoiadores que tornaram essa experiência possível.”

Parceiros

O evento contou com patrocínio do Ministério do Turismo, Sebrae Pará, Vale e Equatorial Energia, além de dezenas de parceiros locais, entre eles a Prefeitura de Belém, o Governo do Pará, a Fecomércio/PA, a Sudam, e empresas do setor turístico como Carvalho Tur, Casa de Saulo, Henvil Transportes, Point do Açaí, e Belém Convention & Visitors Bureau.

Os jornalistas Zacarias Martins, Marco Jacob e Gilberto Silva, com a esposa Elizete, deram uma parada no Balneário do Mata Burra,  em Santa Maria do Pará, e saborearam uma deliciosa caldeirada de Dourada, comida típica local.

Missão cumprida

Apesar dos desafios enfrentados, o congresso cumpriu seu papel: foi um espaço de aprendizado, trocas, visibilidade e mobilização em torno de um turismo mais consciente e comunicativo. Como resume Christina Hayne, “tivemos novos ensinamentos, mas também a certeza de que estamos no caminho certo. O evento cumpriu sua missão”.



quinta-feira, 12 de junho de 2025

Comitê de Cultura no Tocantins presente na solenidade de pagamento da premiação aos Pontos de Cultura em Gurupi

 


Representantes da regional sul e sudeste do Comitê de Cultura no Tocantins estiveram presentes, nesta  quarta-feira, 11, na solenidade do pagamento da premiação aos coletivos culturais contemplados no Chamamento Público 01/2025 – Rede Municipal de Pontos e Pontões de Cultura de Gurupi-TO – “Cultura Viva do Tamanho do Brasil!”. 

O evento foi uma iniciativa da Prefeitura de Gurupi, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, visando fortalecer a produção cultural local e reconhece grupos que atuam diretamente com a comunidade. Cada coletivo recebeu R$ 14.069,23 como premiação e será certificado pelo Ministério da Cultura como “Ponto de Cultura”.

Parceria com o município

A coordenadora do Comitê de Cultura na região e presidente da Associação Gurupiense de Artesãos (AGA), , Maria do Socorro Souza Barros, explicou que o recurso é fruto da parceria entre o Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura (MinC) e o Município de Gurupi, tendo origem na  Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), que destina recursos ao Fundo Nacional da Cultura para fomentar o setor em todo o país. 

Socorro destacou ainda que a Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) é uma das principais iniciativas contempladas pela PNAB, promovendo o desenvolvimento cultural em diversos territórios, especialmente junto a grupos comunitários e populares.

Reconhecimento público

A secretária municipal de Cultura e Turismo, Liliane Pagliarini, falou sobre a importância da ação para a valorização dos fazedores de cultura locais. “Estamos consolidando uma política pública que reconhece o trabalho de base, os fazedores de cultura, mestres e detentores dos saberes da cultura popular e tradicional, que fazem com que a cultura chegue em todos os territórios e comunidades”, afirmou.


Premiação

Os premiados foram selecionados por meio de edital e são reconhecidos por sua atuação contínua e relevante na cena cultural de Gurupi. Entre os contemplados estão o Coletivo Cultural Cia Lambrequins, a Associação Gurupiense de Artesãos (AGA), a Associação dos Compositores e Músicos de Gurupi (ASCOMG), o Coletivo Cidade das Artes, o grupo Luandê Capoeira, a Associação Cultural Império Nordestina, o Espaço Ameríndia – Mãos que Criam e Curam, o Grupo Junino Flor de Pequi e o Grupo de Dança Impacto Urbano.

O repasse garante não apenas reconhecimento simbólico, mas também condições reais para a continuidade das atividades culturais desenvolvidas pelos coletivos. Os grupos já planejam investir os recursos em oficinas, apresentações, capacitações, compra de materiais e ampliação de suas ações junto à população.

A prefeita Josi Nunes destacou que a ação reforça o compromisso da gestão municipal com a valorização da cultura como ferramenta de transformação social. “Ao valorizar quem produz cultura, aproximamos as comunidades, geramos oportunidades e mantemos viva a identidade gurupiense”, afirmou.

Sobre o Comitê de Cultura

O Comitê de Cultura no Tocantins é resultado de uma parceria entre a Federação Tocantinense de Artes Cênicas (FETAC), a Associação Gurupiense de Artesãos (AGA) e o Instituto Social Cultural Araguaia (ISCA). Com sede em Palmas, sob a coordenação geral do produtor cultural  Kaká Nogueira e uma equipe gestora, o comitê faz parte do Programa Nacional de Comitês de Cultura do Ministério da Cultura (MinC), e conta com representações regionais: uma em Gurupi, que cobre as regiões sul e sudeste do estado, e outra em Araguaína, responsável pela atuação no norte do Tocantins.