Zacarias Martins
Histórias de Gurupi retratadas com bom humor
Numa iniciativa do curso de Letras do Centro Universitário UnirG, em parceria com a Fundação Cultural de Gurupi (FCG) e a Academia Gurupiense de Letras (AGL), o escritor e jornalista Zacarias Martins lança o sétimo livro individual de sua carreira: "Histórias da História de Gurupi", editado por Edições AGL, um selo editorial da academia. A noite de autógrafo acontece no dia 11, às 20h, no Centro Cultural Mauro Cunha. Na oportunidade, será exibido um vídeo-documentário produzido pelos acadêmicos do curso de Jornalismo da UnirG, e que faz uma abordagem sobre essa cidade, que ficou conhecida como a "Capital da Amizade". De acordo com o gerente de Literatura da Fundação Cultural do Tocantins, Osmar Casagrande, que assina o prefácio da obra, Zacarias Martins lança um olhar crítico sobre os acontecimentos de sua cidade, e o resultado disso é um livro com páginas repletas de humor, ainda que às vezes ácido (o defuntódromo é um desses casos). Casagrande destaca que, no percorrer do desenvolvimento dos textos, tem a viagem do escritor, que observa os lances da realidade com olhos críticos de sonho, mas também existe a crítica orientada pelo trabalho do jornalista engajado com sua realidade, sua cidade, seus cidadãos. O escritor explica que o livro é fruto de um trabalho despretensioso, composto por 11 crônicas especialmente selecionadas e que já foram publicadas pela imprensa tocantinense. O autor completa que, dessa forma, faz a sua estréia em livro como cronista, já que as publicações anteriores eram todas no gênero de poesia. O livro é ilustrado com fotos que retratam a cidade em várias épocas. Martins expôs que os assuntos abordados em sua obra são fatos corriqueiros que aconteceram em Gurupi, desde a década de 1980, e que ele buscou retratar na sua visão crítica, porém, sempre com uma boa pitada de humor. "Espalhou-se um boato, certa vez, de que tinham deixado uma bomba na agência da Caixa Econômica Federal. A polícia foi acionada, o prédio foi evacuado, as ruas nas proximidades foram tomadas por policiais. Mais tarde, descobriu-se que se tratava de uma bomba d'água, dessas que se utiliza em cisternas", citando um dos fatos por ele narrado no livro. Mestranda em Teoria e Crítica Literária pela Universidade Católica de Goiás, a professora universitária Maria Wellitânia de Oliveira Cabral observa que as crônicas de Zacarias Martins registram o apelo do cidadão gurupiense situado em determinações que limitam a sua comunicação e o seu reconhecimento pleno. "Como jornalista, Martins busca oferecer ao público leitor informações sobre fatos ocorridos em Gurupi. Essas informações são passadas de maneira clara e verdadeira.", afirma, ressaltando que, dessa forma, o autor demonstra a convicção de que esses textos contribuem para cidadania, e que a sociedade precisa dispor de fontes de informações que possam permitir conhecer o que se passa em sua volta. A professora Wellitania ressalta que a importância desse trabalho se faz pelo registro de fatos que poderão servir de auxílio para o futuro pesquisador ou estudioso da história da cidade e do povo de Gurupi. A obra é um conjunto de reflexões que acentua profunda admiração de seu autor pelo universo artístico-cultural, sem comprometer seu aspecto crítico em relação à sua função jornalística. Evidencia os dramas humanos e as relações político-sociais, focalizando as experiências vivenciadas pelo escritor.
Perfil do autorPoeta, jornalista, cronista, conferencista e ativista cultural, Zacarias Martins é militante ativo no jornalismo impresso e on-line. Foi editor de Perfil (a primeira revista informativa do Tocantins - 1989) e correspondente de vários jornais tocantinenses, entre os quais, O Progresso (Araguaína), Diário Tocantinense (Palmas), O Jornal (Palmas), além do Cinco de Outubro (Goiânia-GO). Em Gurupi, foi repórter da Folha do Tocantins, Gazeta Esportiva do Tocantins e A Notícia. É articulista do jornal Cocktail, tendo participado de sua fundação em 1990, e, até hoje, mantém a coluna semanal Pinga-Fogo. Trabalhou como Assessor de Imprensa da Prefeitura de Gurupi nas gestões dos prefeitos Tadeu Gonçalves e João Cruz. Atualmente, é Assessor de Imprensa do Hospital Regional de Gurupi, diretor da Regional Sul da Associação Tocantinense de Imprensa, integrante da Associação de Artes de Gurupi e fundador da Academia Gurupiense de Letras e da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Tocantins. É membro correspondente da Academia Imperatrizense de Letras. Foi Diretor de Cultura de Gurupi na gestão do prefeito Jacinto Nunes da Silva. Integrou o primeiro colegiado do Conselho Estadual de Cultura de Tocantins (1989-1990). Em 1990, também participou da fundação da Academia Tocantinense de Letras, na qual ocupa a Cadeira de nº 21. Também integrou o primeiro colegiado do Conselho Municipal de Cultura de Gurupi, sendo eleito o seu primeiro presidente (1999-2000). Desde 1994, integra os quadros da Academia Brasileira de Jornalismo, tendo como patrono o jornalista Costa Rego. Dentre as condecorações que Zacarias Martins recebeu em reconhecimento a seus serviços prestados à Cultura, afloram com destaque a Medalha da Ordem do Mérito da Cultura e Cavaleiresca de Santo Amaro, no Grau de Comendador; a Medalha do Mérito Cultural D. Pedro II e o Título Honorífico de Cidadão Gurupiense, outorgado pela Câmara Municipal de Gurupi, além da Medalha do Mérito Acadêmico, outorgada pela Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias. É Senador da Cultura, representante do Estado do Tocantins no Congresso da Sociedade de Cultura Latina do Brasil.
Obras publicadas• Transas do Coração (1978) • O Poeta de Belém (1979) • Poetar (1980) • O Profeta da Felicidade (1984) • Vox Versus (1986) • Pinga-Fogo (2004). Por Heliana Oliveira Fonte: Jornal O Girassol de Palmas - TO. - 21/10/2008 (www.ogirassol.com.br) | ||||||
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