Por Zacarias Martins
Não é segredo pra ninguém de que o presidente Lula é chegado a uma manguaça. Por isso causou estranheza quando ele mandou proibir a comercialização de bebidas alcoólicas nas estradas federais do país a partir desta sexta-feira, dia 1º. O objetivo, segundo as autoridades do setor (rodoviário, é claro), é diminuir os elevados índices de acidentes que rotineiramente acontecem em nossas estradas.
Os cachaceiros de carteirinha dizem que se trata de mera perseguição política, só porque o médico particular de Lula o teria proibido de exagerar na dosagem etílica depois das partidinhas de futebol com o time do Planalto, na Granja do Torto. Será que foi mesmo uma vingança do presidente?
Há quem acredita que o motivo do elevado número de acidentes nas estradas federais seria as péssimas condições de nossa malha viária, que há anos coleciona uma quantidade com considerável de buracos e que a qualquer momento vai entrar para o Livro dos Recordes.
Que façanha, hein?
As conseqüências dessa medida vão além do que se pode supor. A que tudo indica, a proibição também atinge a venda de bebidas em motéis que ficam à beira dessas estradas.
Já posso até imaginar os cartazes educativos na entrada desses estabelecimentos: "Se furunfar, não beba; Se beber não furunfe", ou coisa do tipo: "Não faça da bebida uma arma, a vítima poderá ser você... e o bilau não funcionar".
Confesso que sou leigo em jurisprudência, mas até agora ninguém me convenceu o que uma coisa tem haver com a outra. Afinal, proibir a venda de bebidas alcoólicas nos motéis que ficam à beira das estradas federais não seria invasão de privacidade???
E onde ficam os direitos dos cidadãos???
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