quinta-feira, 11 de junho de 2009
Caixa-prego do Senado
No mês passado, um estudo da Fundação Getúlio Vargas revelou que o Senado tinha mais 600 funções comissionadas e cargos com gratificação, que por si só já é uma verdadeira mamata patrocinada pelo erário público.
Mas as mamatas do Senado não param por aí. Agora, descobriu-se outra caixa-preta na Casa. Deixando à mostra certas traquinices de nossos senadores, constatou-se que atos administrativos secretos foram usados para nomear parentes, amigos, criar cargos e aumentar salários.
Vocês pensaram que a farra era só essa? Não, minha gente, tinha (e se brincar, ainda tem mais). Levantamento feito por técnicos do Senado nos últimos 45 dias, a pedido da Primeira-Secretaria, detectou cerca de 300 decisões que não foram publicadas, muitas adotadas há mais de 10 anos.
O mais estranho é que ao entrarem em vigor, essas medidas além de terem gerado, comprovadamente, gastos desnecessários, trouxeram a lume a existência de curiosas figuras de espectoplasma funcional, fato que chama para a necessidade imperiosa de convocação de alguma equipe especializada de caça-fantasmas para extermina-los.
Entre os funcionários-fantasma do Senado estava João Fernando Michels Gonçalves Sarney. Por um ano e oito meses, esse jovem de apenas 22 anos, mas com sobrenome de peso, foi secretário parlamentar, função que dá direito a salário mensal de R$ 7,6 mil, até se exonerado recentemente quando “descobriram” que ele “trabalhava” no Senado.
Com tanta incidência de funcionários-fantasma que, de um hora para outra começaram a se materializar, é lícito afirmar que certos tipos de exorcização no serviço público finalmente começaram a surtir efeitos? (Zacarias Martins)
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